É clássica a afirmação de que o Brasil tem menos livrarias do que Buenos Aires, recentemente o Prosa em Verso do Globo publicou matéria repercutindo este problema. O reduzido número de Bibliotecas também é sintoma da baixa preocupação quando o assunto é leitura, não é um problema apenas de mercado, mas da falta ou insuficiência na produção de políticas públicas que incentivem o saudável hábito da leitura.
A situação das Bibliotecas Públicas Escolares ilustra o quadro de abandono, na maioria das escolas públicas brasileiras faltam espaços, livros e bibliotecários que auxiliem o estudante a encontrar os livros que necessitam para a sua pesquisa. Em um ambiente assim sobra tortura e falta leitura. A falta de incentivo e respeito é total.
Agora mudemos de cena:
Estamos no Riocentro, Barra da Tijuca,. Rio de Janeiro. Atendendo a uma intensa campanha da mídia carioca, 645 mil pessoas circularam pelos amplos corredores do tradicional centro de convenções nos 11 dias da XIII Bienal do Livro.
Um sucesso de público e de vendas, 83% dos visitantes compraram livros. No total 2,5 milhões de exemplares foram vendidos representando um faturamento de R$ 41,5 milhões
É inegável a importância da Bienal, ela tem o mérito de promover o livro e a leitura, coloca no centro do debate, a necessidade de maiores incentivos para o setor e abre a perspectiva de iniciativas semelhantes em outros municípios do país.
Entretanto, mudamos de cena mas não de contexto. Não se pode perder de vista a necessidade de implantar uma política de longo prazo que estimule a criação e manutenção de Bibliotecas públicas, que fomente o empreendimento do ramo de livrarias e que favoreça a construção do hábito da leitura entre o público brasileiro.
Este Blog se integra na rede dos que desejam alterar este quadro e humildemente desempenha a sua nobre missão, publicando fotos e matérias de nossas correspondentes especiais Ana Kerbel e LilianKerbel.

O maior livro da Bienal
Presença que impressiona

Comentários
Bora divulgar esse blog, pq merece! ;)
beijos