Não é preciso ser um especialista em comunicação para entender os motivos que levaram a oposição conservadora a tentar censurar a nova mídia.
Na semana passada, Aécio Neves entrou com um processo na justiça de São Paulo contra o twitter, com acusações de que 66 tuiteiros se constituiram em rede para atacar e difamar o candidato.
Nesta terça-feira, 16/04, Marina Silva, através do TSE, determina o fechamento do site Muda Mais, em uma decisão que está sendo criticada por todos aqueles que defendem a liberdade de expressão.
Não é apenas a disputa eleitoral que está no centro destas ações mas a possibilidade de novos formas de comunicação que escapam ao controle do capital privado que sempre determinou a agenda pública de debates no país.
A mobilização dos comunicadores digitais se tornou um problema para quem se acostumou com a garantia dos meios de produção nos meios informativos. A internet reduziu os custos e a distânicia entre os que produzem conteúdo e consomem informação. A guerra da fragmentação dos conteúdos está sendo combatida pela militância virtual, desmontando boatos e esclarecendo as matérias distorcidas publicadas pela velha imprensa.
Sites como o Muda Mais, alteram a forma como as publicações influenciam o debate público, o impresso não alcança uma parcela majoritária da população, a veiculação de informações na web, encontra um terreno menos desigual. Em tempos de marco regulatório, a notícia pode seguir em novos fluxos comunicacionais, onde a interação faz a diferença.
Além de inaceitável, a censura,na web, é ineficaz, mesmo com o prejuízo da subtração provisória de marcas reconhecidas pelo público, a livre expressão encontra alternativas para se materializar em novos nichos e outros canais.
Comentários