Cotidianas

A cassação de Renan Calheiros , ao que tudo indica é uma questão de tempo, diante da marcação da mídia e sob pressão da opinião pública, o plenário do senado deverá votar contra o presidente da casa.O episódio, longe de representar a moralização do legislativo, revela a capacidade de influência dos meios de comunicação, que exerce um vísivel controle sobre o ambiente político brasileiro.Não seria surpresa supor que as matérias publicadas nas revistas paulistas, aguardavam apenas as condições adequadas para as suas divulgações. Notícias engavetadas para momentos apropriados. O que impressiona é a resistência do político, que diante da agressividade dos ataques, resiste com rara habilidade, insuficiente é verdade para lhe garantir a continuidade do mandato, mas mesmo assim, surpreendente.


Aula de sociologia, encerrando o capítulo sobre o pensamento sociológico pré-cientìfico, discutiu-se o conceito de utopia, a certa altura, o professor propõe que relacionemos tudo aquilo que gostaríamos de excluir da realidade: foram apresentadas várias sugestões: a grande maioria gostaria de viver em um mundo sem exploração, exclusão, fome, desemprego, corrupção, políticos etc. Um aluno mais esperto propôs um país sem um molusco na presidência, a observação, evidente, denunciou a divergência do sujeito com o atual mandatário da nação. Resolvi não debater. Em certas ocasiões, a polêmica envolvendo aspectos políticos, pode desviar para o lado mais emocional da questão. Deixemos o debate para o momento mais adequado, até porque, o distanciamento histórico, permitirá futuramente, análises mais objetivas e menos apaixonadas.


A derrota do Botafogo para o Grêmio, reduzius as possibilidades do time no Brasileiro, mas serviu para provar que a trilha sonora do Botafogo está mais para o tango do que para o samba. É irritante constatar as dificuldades, ainda mais quando se sabe, que progressivamente a equipe vai sofrendo perdas, refletindo na saída de atletas, na atuação dos árbitros, na punição de seus craques. É um destino que parece combinar com o histórico de um clube, marcado por estórias e supertições, tanto quanto os seus craques no campo, o Botafogo ficou conhecido pela performance de seus dirigentes e torcedores.Quando penso na estrela solitária, lembro de João Saldanha e Sandro Moreira, de Garrincha e Nilton Santos, Jaírzinho e Roberto, nos dirigentes que acrescentaram elementos que entraram para o folclore de General Severiano. O futebol do Rio de Janeiro, tem nos seus principais clubes um manancial de grandes estórias que produz e vai continuar rendendo, matérias, filmes e livros, romanceando e impregnando de simbolismo e mística os gramados cariocas

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