Metrô-Paris. Foto: Liberation.fr
Teste de Forças
Nicolas Sarkozy derrotou a socialista Ségolène Royal em uma eleição disputada, os franceses optaram pela manutenção da política conservadora de Chirac, elegendo seu ex-ministro, mais do que a continuidade, na realidade o que está em curso é uma repaginação da direita francesa suavizando na forma e endurecendo no conteúdo. A título de modernização da legislação social, o governo propõe o prolongamento da contribuição previdenciária.
Neste contexto, o embate com os movimentos sociais era previsível. A mais nova face da direita francesa exibe a sua arrogância e uma superioridade sem limites, oferecendo aos franceses a promessa de melhores dias em troca de reformas que retiram direitos sociais tão duramente conquistados.O processo político francês apresenta elementos para análises que tenha como foco a disputa entre conservadores e progressistas em todo o mundo.
Na América Latina observamos o crescimento de governos comprometidos com a mudança do estado neoliberal que tantos prejuízos causou às populações pobres no continente.
Críticos do Consenso de Washington, estes governos enfrentam a pobreza com políticas de desenvolvimento econômico e medidas compensatórias com vistas a reduzir o índice de exclusão social em seus países.
Na Europa, a derrota de Ségolène nas últimas eleições não significa o desmantelamento da esquerda francesa que tem no Partido Socialista sua mais forte representação. No entanto, Sarkozi tenta aprovar reformas enfrentando o forte movimento sindical francês. Nesta terça-feira, a greve dos funcionários do transporte público conta com a adesão de milhões de funcionários públicos franceses convocados pelos sindicatos da categoria em protesto contra as propostas do governo. Nos próximos dias saberemos se o alastramento do movimentos grevistas na França será capaz de deter ou amenizar o avanço neoliberal de Sarkozy.Relatos da mídia francesa dão conta de que o governo está mudando de posição e aceitando negociar com os sindicatos.
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