O começo da Folia
















Carmem Miranda Revisitada



















Bloco do Barbas



É Carnaval

Houve um tempo em que se acreditou que o Carnaval Carioca havia se esgotado. As Escolas de Samba ocupavam o centro das atenções e os Blocos de Rua conheciam o acaso, a folia baiana passou a despertar o interesse da grande mídia e os mais apressados decretaram o fim da festa carioca.


Nos últimos anos contrariando os críticos de plantão, blocos, cordões e animados foliões voltaram a fazer a diferença e o Carnaval do Rio renasceu. A explicação para tal fenômeno é simples: a espontaneidade tomou conta das ruas, o carioca recuperou a sua história, retirando do aparato oficial o controle sobre a festa.


Ao contrário do desfile das Escolas no Sambódromo, a festa na rua se organiza pela vontade popular, não há nada em disputa, o objetivo é levar o samba no pé, cantar antigas marchinhas e se divertir à vontade.


Neste cenário aproveitamos o sábado em um roteiro para carnavalesco nenhum botar defeito, primeiro atravessamos a baía na barca da folia, indo de encontro ao Bola Preta, insuperável em sua tradição e gigantismo. Uma grande multidão aguardava os primeiros acordes que iniciam de fato o Carnaval Carioca.


Seguimos em frente, agora de metrô em direção a Botafogo onde nos esperava o Barbas. O Bloco que surgiu em um antigo Bar que fez história no Rio de Janeiro e que pertenceu ao Nelson Rodrigues Filho, continuou mesmo com o fechamento do estabelecimento e se tornou uma das grandes atrações do Carnaval do Rio.


A maratona não prosseguiu neste domingo, diante da chuva não nos comportamos como os autênticos foliões que enfrentaram as adversidades e seguiram o Cordão do Boitatá na Praça XV, pelas fotos no Globo Online não há tempestade que arrefeça os ânimos de quem verdadeiramente ama a folia. Enquanto houver gente assim o Carnaval permanecerá como fonte de energia e cultura popular.










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