Globo Revela Erros da Polícia e Afirma:
Foram Eles


Era uma questão de tempo até que as primeiras contradições no caso Isabella surgissem, mas as imprecisões não são dos acusados mas das autoridades políciais: Matéria apresentada no Jornal Nacional da Rede Globo reveIa que a polícia utilizou dados no interrogatório que não se confirmaram nos laudos.
Esta informação corrobora com a visão dos que criticam a pressa com que os meios de comunicação, na ânsia de noticiar, circulam determinadas versões e conferem autenticidade a documentos oficiosos.
Ou seja, na busca pelo furo a primeira vítima é a verdade dos fatos. A capa da Revista Veja da semana passada deveria ser analisada nas universidades brasileiras, é um exemplo de como não se deve fazer jornalismo. Não se trata de inocentar previamente ou acusar precipitadamente, a questão é oferecer para o público um quadro amplo mas verdadeiro do que realmente aconteceu na noite em que Isabela foi jogada pela janela do apartamento de seu pai.
A questão fundamental é que a reportagem do JN evidenciou o que muitos já desconfiavam, a ação midiática influencia a ação dos agentes públicos.
Ao saber que todas as atenções estão voltadas para o caso, as autoridades cedem à pressão e aceleram procedimentos que normalmente demoram meses, agindo assim alimentam os meios de comunicação e fornecem material suficiente para preencher seus espaços e conquistar audiência.
A reconstituição do crime, chamada de simulação, acontece em pleno domingo, horário em que a grade televisiva dispõe de uma flexibilidade inexistente nos demais dias da semana.
Para não incorrer em erro seria necessário que a polícia não lesse jornais, não ouvisse rádio nem ligasse a TV.Para os próximos dias é recomendável que a imprensa mantenha o equilíbrio, preservando os envolvidos até que a verdade se manifeste
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