Lição de História
O que deveria ser um massacre da oposição, se transformou em um ato de repúdio à ditadura e profissão de fé na democracia. Ao comparecer ao senado para responder sobre o PAC, a ministra Dilma Rousseff não se recusou a abordar assuntos referentes ao chamado escândalo dos cartões corporativos.
A oposição aguardava esta oportunidade para desmoralizar a ministra, no entanto, o efeito foi o inverso do pretendido e Dilma, em resposta a desastrada intervenção do senador Agripino Maia, ofereceu aos presentes uma lição de história, repudiando os anos de chumbo e exaltando a liberdade na democracia.
O desempenho de Dilma vai constar nos anais do Senado, como um capítulo exemplar na história brasileira, ela descreveu a resistência e a luta de inúmeros militantes contra a ditadura.
Habilidosa, a ministra demonstrou a diferença entre o período de abitrariedade dos anos 60/70 e a transição democrática dos anos 80/90, um exemplo de argumentação que nocauteou o senador do DEM em poucos minutos.
Na realidade ao situar Agripino no campo do autoritarismo, Dilma, colocou os fatos históricos em seu devido lugar. A linha evolutiva do DEM deve ser conhecida por cada brasileiro: surge na antiga ARENA, inspirada na UDN, prossegue no PDS e chega ao malfadado PFL, neste contexto, artifícios como a troca de nome da legenda, não obtém o resultado esperado, pois a sociedade brasileira adquiriu um incontestável grau de maturidade democrática e sabe distinguir o joio do trigo.

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