UM RIO DE PAES
A eleição no Rio de Janeiro pode confundir os menos atentos, é um jogo de cartas embaralhadas em que um determinado candidato age como um ilusionista que desvia a atenção da platéia enquanto dialoga com velhas lideranças conservadoras.O discurso oferecido ao eleitorado esconde aliados neoliberais como o DEM, o antigo Pefelê de César Maia e o PSDB de Marcelo Alencar. Convenhamos com este time de apoiadores, o candidato Gabeira pode tudo menos, menos ser considerado a novidade na política.E o que dizer do apoio de Zito, após o discurso contra o Severino ser repetido exaustivamente na tevê, nada distingue estes dois representantes da velha política. Gabeira aceita de bom grado estes apoios e finge que nada tem a ver com isso.Diz que vai governar com quadros técnicos mas não diz como vai negociar projetos com a Câmara Municipal.Omite de seu eleitorado a realidade de suas coligações conservadoras dizendo que tem apoio à esquerda e à direita, ofendendo a sensibilidade de quem conhece o funcionamento das instituições em um regime democrático.A inteligência de Gabeira é capaz de evitar o grande debate que deveria nortear as campanhas políticas neste país: a necessidade de incentivar a organização e a participação popular.A Internet não pode ser utilizada como falso recurso de interação, nem como vitrine de uma suposta modenidade mas deve servir de instrumento para a construção de sujeitos independentes e críticos, neste sentido, contribui para a organização social, criando novas esperanças de uma verdadeira inserção e participação popular.

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