A lição de Honduras

Micheletti é a versão repaginada do ditador de plantão. O golpe em Honduras contraria o esforço de muitos países em consolidar uma cultura democrática no continente. Ao depor um presidente eleito e extraditá-lo de pijamas, os golpistas hondurenhos oferecem ao mundo a imagem de truculência, típica dos regimes autoritários.

Micheletti tenta ganhar tempo, aposta no esfriamento das críticas e nas eleições de novembro para legitimar seu projeto, no entanto, o presidente Zelaya reaparece na Embaixada brasileira, em Honduras e convoca a população para uma vigília em defesa da democracia.

O retorno de Zelaya marca uma nova postura do governo brasileiro, uma atitude firme de quem valoriza a política internacional e sabe o papel que deve desempenhar nas relações geopolíticas no continente. Para desempenhar o papel de protagonista, o Brasil deve assumir a defesa da democracia como valor universal e fator fundamental para o efetivo desenvolvimento econômico e social da humanidade.

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