Especialista debate a extinção do jornalista profissional

Matéria publicada no site  Comunique-se trata das mudanças que afetam diretamente o jornalismo profissional. A provocação  lançada pelo sociólogo Erik Neveu, merece uma discussão mais aprofundada.Afinal é possível imaginar o campo da comunicação sem a participação de jornalistas profissionais? 

A oferta crescente de recursos digitais permite o ingresso na rede mundial de computadores de milhões de pessoas que documentam, relatam notícias e expressam seus pontos de vista em sites, blogs e redes sociais. É o amadurecimento do campo da comunicação popular, fenômeno antigo, manifestado nos impressos, murais e radiodifusão comunitária, e que se consolida no âmbito das novas tecnologias.

Escolas de comunicação popular estão sendo disseminadas  pelo país, em diversas comunidades estão sendo oferecidos cursos que ensinam  técnicas de  entrevista, rádio, televisão e internet. A comunicação em rede se tranforma em uma realidade concreta para milhões de pessoas.

No entanto, o tempo investido na formação de um jornalista profissional, as teorias, as  práticas e as técnicas de comunicação não podem ser descartadas. É uma conquista não apenas individual, mas de toda uma sociedade que investiu no processo de construção de um campo do conhecimento.

A procura por cursos de comunicação não será reduzida,  pois o acesso facilitado à fontes de informação vai exigir a presença de profissionais bem preparados, capazes de assegurar a transmissão do fato, com  informações qualificadas e relevantes.

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