Balanço

A inclusão da temática ambientalista na agenda de prioridades da sociedade mundial tem se dado como desdobramento de dois movimentos estratégicos,primeiro, as lutas efetuadas por melhores condições de vida na sociedade brasileira, segundo: a ameaça do aquecimento global, provocada por um modelo de desenvolvimento que explora de forma predatória os recursos naturais e promove, sem controle, o despejo de CO2 na atmosfera.


As resoluções da COP 15 que tantas críticas despertaram de especialistas e da mídia internacional ainda não foi devidamente digerida. A análise dos resultados obtidos em Compenhague merece um distanciamento das paixões e interesses envolvidos.

O jogo de forças travado na Conferência do Clima refletiu as limitações encontradas em cada país, particularmente nas  nações desenvolvidas, responsáveis por grande parte da emissão de gases poluentes. O desempenho de Barack Obama na COP-15 decepcionou os que esperavam dele posições mais ousadas na defesa do meio ambiente, ele não se comprometeu com metas e seu discurso não apresentou novidades.

Já o protagonismo exercido pelo Brasil mereceeu elogios da imprensa internacional e  se deve ao acúmulo do debate interno em que governo e movimentos sociais explicitam suas posições e buscam o consenso possível na busca de um equacionamento entre desenvolvimento e sustentabilidade.

A experiência brasileira pode ser explicada pela intensa troca de idéias que ocorre em dezenas de fóruns em todo o Brasil. Conferências como as de Saúde, Educação, Criança e Adolescente, Segurança, Cultura, Juventude, Comunicação, Saúde Ambiental serviram para exercitar o diálogo e o entendimento entre diferentes setores.
Segmentos com visões distintas  do processo político encontram nestes espaços  a oportunidade da aproximação, da negociação e  do consenso  construído democraticamente em torno do interesse comum. Transplantados para a esfera pública internacional evidenciamos nosso talento para a construção do diálogo e das  soluções negociadas.

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