Cidadania além do controle remoto

Detentora de elevados índices de audiência, a  Globo alcança diferentes segmentos sociais e exerce uma  for te influência no debate de temas de interesse nacional. A agenda da emissora não  costuma coincidir com os interesses da cidadania, a empresa se aproveitou de suas boas relações com o regime militar para burlar a lei e firmar um acordo com o grupo Time Life que lhe rendeu inúmeros dividendos.

O acúmulo de capital financeiro e tecnológico  possibilitou a contratação a peso de ouro dos melhores profissionais do mercado, em pouco tempo a Globo conquistou a liderança  e estabeleceu um padrão de qualidade que passou a ser referência no Brasil e no exterior.

Enfrentar tal poderio exige capacidade reflexiva e criativa, os programas exibidos pela Globo  tentam seduzir o espectador mas o surgimento de novas tecnologias retiram da televisão a centralidade das atenções, novas mídias digitais, democratizam o acesso à comunicação, possibilitando o surgimento de novos canais, enquanto novas ferramentas possibilitam a interação entre o público e emissores, difundindo e democratizando a produção de conteúdo.

Os grupos conservadores reagem tentando impor regras limitadoras que impeçam a livre troca de conteúdos na rede, entretanto, a sociedade não parece disposta a ceder seus espaços de interação, após descobrir as delícias de publicar idéias em textos, fotos e vídeos na rede.

Ao se descobrir produtora de conteúdo a audiência deixa de ser cativa e passa  a interagir e influir  na programação das emissoras. Iniciativas como a I Confecom,  determinam novos espaço  de disputa no qual grupos sociais podem exercer um novo protagonismo,  neste caso, é importante definir uma linguagem que seja capaz de conquistar a atenção do espectador, sem esquecer que agora seu poder vai muito além do  controle remoto. 

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