Niterói: Construindo um futuro criativo

Na era da globalização em que a velocidade da informação acelera a percepção do tempo, os conglomerados urbanos que formam as cidades contemporâneas traduzem um esforço de otimização de serviços e de melhoria da qualidade de vida empreendidas por intituições públicas e organizações sociais.

Tema predominante na agenda do desenvolvimento econômico, modernizar as cidades, torná-las organizadas e sustentáveis é uma preocupação para os seus governantes e um desafio para os seus habitantes.

Quando tratamos de grandes cidades pensamos nos pólos de desenvolvimento que se constituem de acordo com a sua vocação e perfil. No caso de Niterói observamos diversas potencialidades que giram em torno de sua história de cidade política e educacinal. A presença da Universidade Federal Fluminense e de mais cinco instituições privadas de ensino superior conferem ao município uma inegável vocação educacional.

Este mesmo viés sustenta a tradição cultural da cidade, antiga capital do Rio de Janeiro, Niterói preserva a sua capacidade de influenciar o interior do Estado. Tamanho vigor o qualifica como protagonista no processo de formação do COMLESTE, o consórcio de municípios da área de abrangência do COMPERJ.

O complexo Petroquímico vai alterar a realidade de Itaboraí e cidades vizinhas, inserindo novos aspectos que implicam na necessidade de um controle sobre os impactos gerados pela implantação do Pólo, baseado em políticas de planejamento a longo prazo.

O diagnóstico dos problemas nas cidade  impõe o diálogo nas regiões conurbadas, as demandas em comum podem gerar compartilhamento de soluções critivas, na saúde, no transporte urbano, nas políticas de saneamento e de controle ambiental.

Soluções criativas que se manifestam em regimes democráticos favorecem a colaboração popular. A experiência acumulada nos diversos campos do conhecimento, conferem à Niterói a oportunidade de influir de forma decisiva neste contexto, é necessário, portanto, aproveitar o momento e superar as adversidades evidenciadas pela tragédia de abril de 2010, gerarando oportunidades de aprendizado com os erros cometidos no passado.

Para superar este conflito, no entanto, não se pode cair na visão distorcida de setores da mídia que misturam alhos com bugalhos ao comparar os gastos com a torre panorâmica do Caminho Niemeyer com os baixos investimentos habitacinais da Prefeitura de Niterói.

Uma coisa não tem nada a ver com a outra, a falta de uma política habitacional que contemple a demanda por moradias na cidade não pode ser confrontada com um investimento capaz de gerar valor, emprego e renda no município.

Superando esta falsa dicotomia que não serviu para emocionar os mesmos editorialistas quando o assunto foi o projeto olímpico do Rio, podemos olhar para o futuro e pensar nas inúmeras oportunidades de desenvolvimento para Niterói e o Eixo Leste Metropolitano.

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