A eleição de outubro e o papel das novas mídias

As eleições entram na ordem do dia e na pauta dos tradicionais meios de comunicação, passada a Copa do Mundo foi acionado o alerta para a temporada de caça ao voto, o aquecimento definitivo acontece a partir do dia 17 de agosto quando começa o horário eleitoral gratuito no rádio e na TV.

Por enquanto, a série de entrevistas com os principais candidatos apresentada no Jornal Nacional sinaliza uma mudança no modo do espectador lidar com a notícia.

É certo que alguns veículos de comunicação estão preocupados em construir alternativas que evitem a decisão da eleição já no primeiro turno. A hipótese da disputa eleitoral ser decidida em um único turno passou a ser considerada com a elevação dos índices de Dilma e a associação de sua imagem a do presidente Lula.

Na medida em que avança o calendário eleitoral cresce o interesse do eleitor, a informação, antes restrita aos meios convencionais: jornais, rádio e televisão agora encontra outras mediações, a internet escapa do controle das grandes corporações que fazem de tudo para assegurar a tradicional hegemonia.

Mais uma vez a série de entrevistas no Jornal Nacional revela que alguma coisa está fora da ordem no mundo da mídia tradicional. A irritação de Willian Bonner com a candidata Dilma Roussef foi imediatamente criticada por milhões de internautas no Twitter e demais redes sociais. A delicadeza que faltou com a candidata do Lula sobrou para o candidato de FHC, José Serra encontrou as melhores condições para expor suas idéias o mesmo não aconteceu com a candidata governista.

A diferença de tratamento foi devidamente repercutida na rede e consequentemente alimentou as rodas de conversa e o círculo de relacionamentos sociais.

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