Um Senado renovado de presente para o povo

Os apoiadores da candidatura de Dilma Roussef à presidência da República não escondem o otimismo com a eleição de 3 de outubro, o desempenho no programa eleitoral e a presença constante do presidente Lula, alimentam a expectativa de um bom resultado.

Feita as contas, no entanto, é preciso lançar um olhar para o Planalto, mas precisamente para o Congresso Nacional, onde a governabilidade é decidida pelos votos de  513 deputados e 81 senadores eleitos por 135 milhões de brasileiros.

O eleitor que deseja novas práticas na política deve prestar atenção na eleição para o Senado,  após um  intenso bombardeio, que tinha como figuras centrais, Sarney e Calheiros, a fúria midiática abrandou seus ataques, agora nem o Estadão, Globo e Folha se ocupam muito dos problemas daqueles personagens. De uma hora para outra, as denúncias foram esquecidas ou congeladas e pouco se fala da  propalada censura ao Estadão.

Não é preciso uma investigação profunda para saber quais os verdadeiros interesses que motivaram nossa combativa imprensa a questionar e depois esquecer os lamentáveis fatos ocorridos no legislativo nacional, nem sempre os refletores parecem apontar para o que realmente interessa. A confusão que se estabelece entre o público e o privado no Brasil pode ajudar a responder tais inquietações.

O fato é que o processo eleitoral de outubro deve manter a correlação de forças no Senado  e pelas projeções feitas até agora, teremos poucas mudanças no cenário político. Nos bastidores,  analistas afirmam que Sarney disputará a reeleição. Resta torcer pela eleição de candidatos como Lindberg Farias e Marta Suplicy, capazes de injetar o ânimo da mudança na política. 

Lindberg em Brasília terá a legitimidade e as melhores condições para  articular a defesa dos interesses do Estado do Rio, não apenas no que diz respeito aos royalties do petróleo, mas a necessidade de fortalecer o  interesse de um Estado que sempre pensou nacionalmente. É hora, portanto, de investir no desenvolvimento estratégico de uma região que vai sediar a final da Copa de 2014 e as Olimpíadas de 2016, aproveitando a oportunidade para promover e consolidar a melhoria da qualidade de vida da população do Rio de Janeiro.

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