Blogosfera é tema de debate entre jornalistas no CCBB

Debate no CCBB:Azenha, Ventura e Santayana

O debate sobre a blogosfera no CCBB, começou bem mais cedo do que se esperava, na fila de espera para obtenção da senha, internautas do #Rioblogprog protestavam em favor da democracia e contra o golpe da velha mídia. O texto "A última luta contra a ditadura", de Miguel do Rosário foi bem recebido pelo público presente.



Beto sempre atento: cartaz expressa a indignação contra o golpe
                                          

No encontro entre Luiz Carlos Azenha, Mauro Santayana e a platéia, uma interação digna destes tempos de Web 2.0, quem entrou com alguma dúvida saiu convencido de que uma outra imprensa é possível e ela está acontecendo agora na Internet.

Mais e melhores mídias

Luiz Carlos Azenha começou observando que os movimentos na Internet favorecem o surgimento de mais mídias, hoje, com um notebook, uma câmera e um gravador a um custo de R$ 15 mil é possível publicar conteúdo, "nada comparado ao que Chateubriand e Roberto Marinho gastaram para implantar suas TVs.

Mauro Santayana iniciou dizendo que "no princípio era o verbo, depois vieram os substantivos , os adjetivos, as conjunções..." tudo para lembrar "que a cada mudança de suporte surge um novo mundo", o veterano jornalista relacionou os estágios da comunicação, do papiro ao papel "que reinou por mais de 500 anos" e confessou a sua formação não acadêmica dizendo: "qualquer um de nós é jornalista, basta ter um telefone e computador". Ele afirmou não ser contra a formação universitária: "ela acrescenta, mas não é absoluta".


Nova mídia: consenso entre os debatedores


A discussão prosseguiu com o entendimento de que a Internet pode desmascar um factóide rapidamente. A cobertura interativa dos fatos pelos internautas é uma realidade, Azenha observou que um blogueiro local conhece o contexto da notícia. "Cerca de 30% dos brasileiros tem intenet em casa, hoje a blogosfera é imagem, a história do que aconteceu no metrô de São Paulo está no Youtube.

Azenha citou o "Huffington Post" com 70 jornalistas e 6 mil blogueiros como um dos exemplos de juornalismo participativo, o site acessado por mais de 24 milhões de pessoas ao mês, teve 11 mil leitores cadastrados como repórteres amadores na cobertura da campanha presidencial que elegeu Barack Obama.


Azena e o público: interação



Santayana reconheceu o direito do presidente Lula de se queixar da imprensa e discordou das recentes declarações da presidente da ANJ (Associação Nacional dos Jornais), Judith Brito, para quem os jornais devem  cumprir o papel de oposição ao governo. " O jornalista deve manter sua independência"disse o articulista do JB.



Santayana, Rosário e Josué



Comentários