A quem interessa?

A ofensiva tucano/midiática prossegue como capítulos de uma novela mal contada, as manchetes estampadas nos jornais não deixam margem para dúvidas, são peças de acusação que somadas aos programas televisivos tentam comprometer Dilma com histórias de vazamentos ocorridos em setembro de 2009. Na época Dilma não era candidata e o PSDB vivia uma luta interna para saber quem disputaria à presidência.

O conflito tucano produziu alguns ferimentos, expondo o arsenal de baixaria que José Serra é capaz de utilizar para alcançar seus objetivos. Neste caso, ele não refresca e nesta guerra fica dificil denominar a troca de tiros como fogo amigo. O ex-governador Aécio Neves conhece bem o modus operandi do seu colega de partido, diante das dificuldades de toda a ordem criada pelo seu oponente interno, ele preferiu jogar a toalha a ter que se expor em uma guerra sangrenta.

Para compreender o processo que está em jogo é preciso sempre se perguntar: a quem interessa este escândalo? Quem teve a oportunidade de assistir a entrevista de Dilma no SBT, estranhou a conduta do jornalista Carlos Nascimento, a postura agressiva adotada pelo apresentador foi constrangedora, não muito diferente de outros âncoras que na hora da sabatina aliviam com o tucano e endurecem com a petista.

A estratégia do desespero , por enquanto,  não surtiu resultado, o eleitor percebe o tratamento diferenciado e rejeita a artilharia pesada das acusações sem fundamento e sem provas. A decisão do TSE em arquivar o pedido de inelegibilidade de Dilma frustra a tentativa de um golpe no estilo "hondurenho" combinando apoio midiático e respaldo dos tribunais.

Contribuem para evitar o clima de golpe a normalidade institucional, o amadurecimento democrático da população e a construção de um novo campo midiático ancorado na evolução tecnológica e participação em blogs e redes sociais, fazendo a informação circular de forma colaborativa e contribuindo para a politização da sociedade.

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