Direita promove 3º turno e parte para a ofensiva permanente

A linha editorial adotada pela Folha e pelo Globo não deixa margem para ilusões: não haverá um segundo de trégua por parte dos conglomerados de mídia, a leitura que eles fazem do atual momento político é desfavorável aos seus interesses econômicos.

Acostumados ao tratamento privilegiado que receberam do Estado, até os anos FHC, a chamada grande imprensa reage com instinto de sobrevivência, não quer e não deseja qualquer mudança nas regras das telecomunicações, não tolera a criação de órgão regulador, apesar da experiência internacional respaldar o controle social sobre os meios de comunicação. Nem mesmo a legislação americana satisfaz os barões da mídia, pois a proibição da propriedade cruzada seria um duro golpe para seus interesses corporativos.

Quem acompanha o noticiário veiculado pela mídia conservadora, percebe que o tratamento dispensado ao ex-presidente Lula é agressivo com o intuito de formar um conceito negativo sobre o ex-mandatário e reduzir sua influência nos próximos embates eleitorais.

A mídia conservadora exerce a oposição sistemática que os partidos ditos oposicionistas não conseguem desempenhar, seja pela falta de lideranças que não podem jogar frontalmente, seja pela falta de um projeto nacional que sensibilize parcelas da sociedade.

As regras deste terceiro turno, no entanto, não são estipuladas por um tribunal teoricamente neutro, elas se dão, no contexto político da ausência de regulação e consequentemente do poder quase absoluto das empresas de comunicação que se beneficiaram das benesses do regime autoritário.

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