Não deixa de soar estranho: após inúmeras tentativas, sempre negadas pela CBF, o Flamengo obteve enfim o reconhecimento do título de Campeão Nacional de 1987 pela entidade que rege o futebol brasileiro. A estranheza não está no fato, mas no tempo escolhido para divulgar a decisão.A aliança entre Teixeira e Patricia "Tucaninha" Amorim renderia frutos, como veremos a seguir.
Dois diias depois do reconhecimento, os quatro grandes clubes cariocas (Flamengo, Botafogo, Fluminense e Vasco) exibem uma rara unidade e rompem com o Clube dos Treze, entidade que representou um movimento contra o centralismo de antigos dirigentes. Agora, em uma espécie de repetição da história como farsa, implodem com a organização que mudou a estrutura do futebol brasileiro, como questão de fundo, a preservação dos interesses de uma poderosa rede de televisão.
Assim vai a nau dos insensatos do futebol brasileiro, direto para o brejo, afastando o torcedor das arquibancadas, pelo menos aqueles que precisam trabalhar no dia seguinte e não conseguem assistir a uma partida que começa às 10 da noite e só termina na madrugada.
Pensando bem, estes jogo entre dirigentes só é possível pelo silêncio e pela inércia da torcida, entre uma e outra reclamação, entre e uma outra rivalidade, não sobra tempo para reflexões mais críticas sobre a seriedade da gestão no esporte brasileiro.
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