O trise fim de Policarpo Quaresma ou o escândalo da privataria na Saúde Pública no Rio de Janeiro



O diretório regional do PT aprovou, nesta quinta-feira, por 34 votos a 20, o apoio ao projeto do governo estadual de implementação das OS, na gestão da saúde do Rio de Janeiro. Os deputados Gilberto Palmares e Inês Pandeló mantiveram a posição contrária à proposta, reafirmando  seus compromissos com a defesa do SUS.

Se aprovada a proposta de entrega dos hospitais às OS, cidadãos como o fictício Policarpo Quaresma, encontrariam dificuldades para um atendimento digno,  se o personagem criado por Lima Barreto, buscasse  atendimento em  uma unidade de saúde pública no Rio de Janeiro do século XXI, descobria assustado que esta unidade é  administrada por uma organização de caráter privado, contrariando a máxima constitucional da "saúde como um direito de todos e dever do Estado.

O caso da privatização da saúde no governo Cabral, traz à tona as contradições de algumas lideranças petistas que resolveram seguir o canto da sereia neoliberal. O estranho é que no plano hiperlocal se apresentam como soluções para a melhoria da gestão pública e no plano regional contrariam o programa do Partido dos Trabalhadores, indo na direção contrária dos movimentos sociais que exigem saúde pública de qualidade.

O que o malabarismo retórico de alguns não explica, é a incrível semelhança com o modo tucano de desmontar o estado e reforçar políticas neoliberais. A fatura para tanta subordinação tem um custo alto para  a militância e pode acarretar perdas eleitorais. 

Comentários