Razões para um crescimento solidário

O tema do desenvolvimento tem ocupado alguns espaços da agenda popular e democrática, o debate sobre decrescimento, promovido no Congresso Nacional pelo senador Cristóvão Buarque, contribuiu para o assunto adquirir maior visibilidade.

Na rede, o mais recente artigo do teólogo Leonardo Boff toca no esgotamento dos recursos naturais e na dura resposta de Gaia, o Planeta Terra, que organicamente reage contra a destruição, evocando suas forças para deter a fúria do capitalismo predatório.

A força da mãe natureza se manifesta através de sua interface mais próxima, o Universo conspira contra a ambição desmedida da espécie humana, tão enlouquecida que desconsidera as espécies que compõe a biodiversidade terrestre.

Tal afastamento da realidade tem um custo elevado, pobreza, desigualdade, exclusão. A disputa entre  países impõe ritmos diferentes na construção de uma estratégia  que seja capaz de  deter a contagem regressiva do caos. Nações com estágios diferentes de desenvolvimento devem apresentar respostas adequadas para superar a crise.

Não se trata de adesão pura e simples ao conceito de decrescimento, é preciso debater mais, discutir à luz de nossa realidade, mas é possível garantir a durabilidade e a qualidade do que é produzido, pensar em como combater a obsolescência programada e obter resultados que garantam a empregabilidade seja na reciclagem dos objetos, seja na área dos serviços de reaproveitamento de materiais.

Deste modo será possível sonhar com um novo modelo de desenvolvimento que elimine as práticas destrutivas e construa uma nova concepção de sociedade,  baseada no conhecimento, na inovação, no consumo consciente, no comércio justo e na cultura solidária.

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