Estava demorando para as 4 grandes irmãs da imprensa brasileira ( Folha, Globo, Estadão e Veja), voltarem suas baterias contra a presidenta Dilma, a não demissão, até o momento, do ministro Lupi foi o sinal para retomar a campanha de oposição, que na verdade, nunca cessou. A indisposição com o governo podia ser observada nas reportagens e linhas editoriais de seus veículos: rádio, televisão, jornais e revistas pertencentes ao reduzido grupo de famílias que dominam a mídia nacional.
Os donos deste latifúndio midiático temem perder parte de seu império, constituído de propriedades cruzadas, prática proibida na Europa e nos Estados Unidos mas permitida em nosso território como legado dos governos autoritários.
Qualquer proposta de regulação dos meios de comunicação é rotulada de censura quando o que a sociedade exige é o direito à informação sem os filtros, as edições, o cerceamento e o controle da mídia convencionais. Estes meios que se reivindicam éticos e portadores da verdade mas que no passado apoiaram golpes e ditaduras sem nenhum constrangimento.
Logo, não são estes grupos, os legítimos defensores da democracia, seu passado revela suas identidades, intenções e projetos. Eles agem com método e profissionalismo: uma campanha nunca está desvinculada de uma proposta estratégica, ao lançarem uma ideia, usam dos recursos midiáticos disponíveis, inclusive a internet, a mesma rede que hoje possibilita a manifestação de setores populares é usada pelos grupos econômicos como ferramenta de persuasão e difusão dos discursos da ordem conservadora
O recente vídeo estrelado por artistas globais contra a construção da usina de Belo Monte prova que as campanhas articuladas nas grandes corporações são planejadas para ocupar todos os suportes midiáticos existentes, para compreender esta lógica basta assistir o Globo Repórter desta sexta-feira munido, é claro, de muita paciência e senso crítico pois não faltarão elementos para emocionar o público como belos enquadramentos e trilhas sonoras capazes de comover até mesmo o mais distraído dos espectadores.
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