Teixeira renuncia mas CBF não muda

Ricardo Teixeira: ex-presidente da CBF 

É para comemorar mas não se deve esquecer: a  Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e suas federações são estruturas arcaicas e antidemocráticas, o sucessor de Teixeira foi governador biônico de São Paulo, tem um histórico nada animador, os dirigentes das federações, que elegem a presidência da entidade , estão longe do modelo de  modernidade e transparência desejada  por todos.

Para ser verdadeiramente renovada a entidade máxima do futebol brasileiro precisaria  reconhecer a importância do  verdadeiro financiador de suas atividades: o torcedor brasileiro que frequenta estádios e garante o funcionamento de  uma roda da fortuna que fez a CBF obter em 2010 um lucro líquido de R$ 83 milhões.

A mudança na direção da CBF, aponta para a velha solução das elites nacionais: para não perder os dedos entregam os anéis, porém, em tempos de sociedade em rede,  as pressões costumam ser irresistíveis e costumam provocar mudanças inesperadas. Para os velhos coronéis do esporte nacional, esta não é, decididamente, uma boa notícia.

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