Alegando falta de tempo, a Rede Globo adiou a exibição de reportagem sobre possíveis desvios na gestão da UFRJ, a emissora, no entanto, pode ter ocultado outros motivos para o adiamento da matéria. A rápida mobilização nas redes sociais, tanto da UFRJ quanto de amigos e familiares dos antigos e atuais dirigentes da instituição pode ter desmontado o impacto das denúncias pretendido pela emissora.
No sábado, dia 10, a a UFRJ se pronunciou, dizendo ter sido procurada pela produção do programa Fantástico para responder sobre a existência de relatório da Controladoria Geral da União (CGU), a respeito de possíveis desvios de verbas na UFRJ desde 2007, sobre valores pagos, nos últimos cinco anos, pelo Banco do Brasil à universidade, que, segundo o relatório, não teriam entrado no orçamento da universidade e sobre a situação do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho, do Hospital-Escola São Francisco de Assis e da Residência Estudantil, visitados pela produção do programa para registro de mau estado de conservação dessas unidades.
Na nota, a Universidade refuta as insinuações de que tenha existido desvio de recursos públicos e repudia a relação entre as supostas irregularidades com o estado precário de algumas de suas instalações.
No domingo, dia 11, Daniel Negreiros da Conceição, filho do reitor da UFRJ, Carlos Antônio Levi da Conceição, alertou, em artigo publicado no site de Luis Nassif, sobre o teor sensacionalista que seria exibido pelo Fantástico. No mesmo dia, o programa adiou a apresentação da matéria, prometendo exibi-la no próximo domingo.
A reação da sociedade pode servir como antídoto contra o poder excessivo nas mãos da velha mídia, talvez, prevendo um possível desgaste, a matéria seja abordada com outra angulação, mas é preciso estar atento e repercutir as vozes que ainda não dispõe da audiência massiva destes grupos para se defender.
Reproduzimos a seguir, a resposta de Daniel Negreiro Conceição.
Prezado Nassif.
meu pai é hoje o reitor da UFRJ. Portanto, o impacto da sensacionalista e mentirosa matéria que será veiculada no domingo pelo programa Fantástico da Rede Globo será maior sobre a minha família. Também por isso sei bem o quão injustas são as acusações, pois conheço a conduta das pessoas que estarão sendo atacadas. Mas mesmo que meu pai não fosse o reitor, a minha indignação com o que está sendo feito contra a nossa UFRJ e contra o ensino superior público não seria menor.
Soubemos nos últimos dias que o Fantástico de hoje trará uma matéria aparentemente sensacionalista (dado o que foi dito na chamada veiculada no dia de ontem) acusando a gestão passada e atual da UFRJ de desvio de verba pública. De fato, não houve desvio de verba alguma. O que houve foi o uso da Fundação José Bonifácio (fundação de apoio criada justamente para gerir os recursos da UFRJ) para administrar os recursos recebidos pelo Banco do Brasil para realizar obras como o Restaurante Universitário e eventos acadêmicos. É essa prática, tão comum nas universidades publicas, que a Globo chamará de "desvio de recursos" de forma covarde e irresponsável. Comprovadamente, cada centavo recebido do Banco do Brasil foi usado para satisfazer demandas da UFRJ (na maioria das vezes demandas históricas como o bandejão). O que é mais grave, deverão sugerir à população que "as verbas desviadas" (novamente, o absurdo do termo, que dá impressão de subtração) foram usadas para enriquecer os gestores da Universidade. Chegaram ao cúmulo de filmar a modesta casa de três quartos que meus pais construíram em Itaipava, tijolo a tijolo, com enorme sacrifício, ao longo de vinte anos, como exemplo de tal enriquecimento. A covardia das acusações é ainda mais notável porque o próprio relatório da CGU apontando como irregular o repasse das verbas para a FUJB reconhece que não há quaisquer indício de uso indevido das verbas. Novamente, cada centavo foi comprovadamente utilizado para beneficiar a UFRJ.
Os esclarecimentos da UFRJ sobre cada indagação da Globo podem ser obtidos no site da instituição: http://www.ufrj.br/mostranoticia.php?noticia=13388_Em-defesa-da-universi...
Na nota, a Universidade refuta as insinuações de que tenha existido desvio de recursos públicos e repudia a relação entre as supostas irregularidades com o estado precário de algumas de suas instalações.
No domingo, dia 11, Daniel Negreiros da Conceição, filho do reitor da UFRJ, Carlos Antônio Levi da Conceição, alertou, em artigo publicado no site de Luis Nassif, sobre o teor sensacionalista que seria exibido pelo Fantástico. No mesmo dia, o programa adiou a apresentação da matéria, prometendo exibi-la no próximo domingo.
A reação da sociedade pode servir como antídoto contra o poder excessivo nas mãos da velha mídia, talvez, prevendo um possível desgaste, a matéria seja abordada com outra angulação, mas é preciso estar atento e repercutir as vozes que ainda não dispõe da audiência massiva destes grupos para se defender.
Reproduzimos a seguir, a resposta de Daniel Negreiro Conceição.
Prezado Nassif.
meu pai é hoje o reitor da UFRJ. Portanto, o impacto da sensacionalista e mentirosa matéria que será veiculada no domingo pelo programa Fantástico da Rede Globo será maior sobre a minha família. Também por isso sei bem o quão injustas são as acusações, pois conheço a conduta das pessoas que estarão sendo atacadas. Mas mesmo que meu pai não fosse o reitor, a minha indignação com o que está sendo feito contra a nossa UFRJ e contra o ensino superior público não seria menor.
Soubemos nos últimos dias que o Fantástico de hoje trará uma matéria aparentemente sensacionalista (dado o que foi dito na chamada veiculada no dia de ontem) acusando a gestão passada e atual da UFRJ de desvio de verba pública. De fato, não houve desvio de verba alguma. O que houve foi o uso da Fundação José Bonifácio (fundação de apoio criada justamente para gerir os recursos da UFRJ) para administrar os recursos recebidos pelo Banco do Brasil para realizar obras como o Restaurante Universitário e eventos acadêmicos. É essa prática, tão comum nas universidades publicas, que a Globo chamará de "desvio de recursos" de forma covarde e irresponsável. Comprovadamente, cada centavo recebido do Banco do Brasil foi usado para satisfazer demandas da UFRJ (na maioria das vezes demandas históricas como o bandejão). O que é mais grave, deverão sugerir à população que "as verbas desviadas" (novamente, o absurdo do termo, que dá impressão de subtração) foram usadas para enriquecer os gestores da Universidade. Chegaram ao cúmulo de filmar a modesta casa de três quartos que meus pais construíram em Itaipava, tijolo a tijolo, com enorme sacrifício, ao longo de vinte anos, como exemplo de tal enriquecimento. A covardia das acusações é ainda mais notável porque o próprio relatório da CGU apontando como irregular o repasse das verbas para a FUJB reconhece que não há quaisquer indício de uso indevido das verbas. Novamente, cada centavo foi comprovadamente utilizado para beneficiar a UFRJ.
Os esclarecimentos da UFRJ sobre cada indagação da Globo podem ser obtidos no site da instituição: http://www.ufrj.br/mostranoticia.php?noticia=13388_Em-defesa-da-universi...
Peço a sua ajuda para que ajude a combater essa injustiça.
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