Governo e sociedade civil definem metas de desenvolvimento sustentável

Plenário de abertura da Rio+20
 
 
Representantes de diversos segmentos da sociedade brasileira que participaram da Conferência das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento Sustentável, a Rio + 20, começam a debater, nesta quartaa-feira (18), as prioridades do país no âmbito das metas a serem adotadas globalmente. As metas devem ser submetidas a discussões nas Nações Unidas, antes de serem implementadas a partir de 2015.

Na Rio + 20, todos os países firmaram o acordo de, a partir de 2015, seguirem compromissos estabelecidos no quadro do desenvolvimento sustentável. A erradicação da pobreza no mundo é a prioridade defendida pelos representantes do governo brasileiro, o debate sobre o que deve constar na agenda global, será ampliado com propostas de mais de 50  representantes da  sociedade civil e do setor privado.

“Vamos consultar quais são as ideias de diferentes segmentos e o que entendemos como objetivos do desenvolvimento sustentável”, disse o embaixador Luiz Alberto Figueiredo Machado, subsecretário-geral do Meio Ambiente, Energia, Ciência e Tecnologia do Ministério das Relações Exteriores e coordenador-geral da Rio+20.

Figueiredo destacou que diferentemente do documento que estabelece os Objetivos do Milênio, no qual há metas para os países em desenvolvimento direcionadas principalmente ao combate à pobreza e à miséria, os compromissos do desenvolvimento sustentável “não se traduzem, necessariamente, em metas nacionais”.

“São objetivos para o mundo inteiro, tendo como filosofia o que o planeta e a humanidade necessitam como um todo”, ressaltou o diplomata. As metas serão globais. Se os países signatários das Nações Unidas definirem, por exemplo, que é preciso aumentar a eficiência energética global em 20%, cada país terá cotas específicas para que a soma de todos os esforços atinja a meta estipulada.

“As metas serão globais e vão valer para os países em desenvolvimento e os países desenvolvidos, em diferentes níveis de exigência. Mas, em muitos casos, o esforço maior será dos países desenvolvidos”, disse Figueiredo. Seria o caso, por exemplo, de um compromisso em busca de energias mais limpas.
Como o Brasil já tem mais de 80% da matriz de energia elétrica formados por fontes alternativas, a exigência maior recairia sobre economias que ainda utilizam, majoritariamente, fontes consideradas “sujas e não sustentáveis”.

As propostas que serão apresentadas pelos representantes da sociedade civil e por empresários e consolidadas com as sugestões do governo brasileiro serão entregues a uma comissão de 30 integrantes, que começa a se reunir em janeiro para alinhavar as sugestões gerais do Brasil. O documento acordado deve ser submetido à discussão nas Nações Unidas, juntamente com as propostas de outros países.


Com informações da Agência Brasil 

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