Diante dos falsos boatos sobre o fim do Bolsa Família e o desmentido do governo, restam algumas perguntas: quem espalhou os boatos? Quais os interesses que motivaram os boateiros? Qual o papel dos meios de comunicação nas primeiras horas deste episódio?
A tentativa de desconstruir o principal programa de distribuição de renda do país coincide com uma pauta negativa apresentada pela imprensa sobre o Bolsa Família, neste final de semana, procurando desmentir o discurso de redução da miséria do governo federal. Tais iniciativas ocorrem no momento do lançamento de Aécio Neves como candidato tucano a presidente da República em 2014.
Animados pela reduzida diferença nas eleições presidenciais venezuelanas, o campo conservador liderado por PSDB, DEM e MD (antigo PPS) se reorganiza em torno do ex-governador mineiro e seu programa neoliberal.
Ao valorizar o passado para construir seu projeto, o candidato tucano traz de volta antigos fantasmas: na convenção que o elegeu presidente nacional do PSDB, Aécio afirmou que pretende resgatar o legado privatista de FHC, os brasileiros de boa memória começam a rezar pensando no que a fúria privatizante seria capaz de fazer, caso retornasse ao comando do governo federal nos próximos anos.
Voltando a pergunta do início do texto, segundo algumas manifestações nas redes sociais, alguns meios de comunicação teriam veiculado em rede nacional o tal boato, sem checar sua veracidade, se tal fato for confirmado estaríamos diante de um grave erro jornalístico que nos leva a refletir sobre a necessidade de estabelecer mecanismos de proteção da sociedade diante do poder avassalador dos grupos corporativos de mídia.
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