A comunicação nossa de cada dia

m documentário produzido pelo Intervozes ainda provoca surpresa nos espectadores: nem todos associam o setor de mídia aos interesses privados que ele representa. Nos dias corridos que vivemos, nem sempre nos damos conta de que os meios de comunicação, em sua maioria, são empresas particulares que refletem a visão e o interesse de seus donos.

No Brasil, estas empresas são concessionários de serviços públicos, regidas por leis federais, criadas na segunda metade do século XX, hoje defasadas diante das mudanças tecnológicas. Neste contexto, qualquer tentativa de regular a mídia eletrônica é tratada por estas empresas, como censura. No entanto, leis de regulação da mídia existem em diversos países como Argentina, Equador e até mesmo nos Estados Unidos.

Importante lembrar que a influência exercida por estas empresas, pode levar à grandes injustiças, em certas situações a mídia atua como um tribunal que acusa, julga e condena, casos como o da Escola Base e da ex-ministra Erenice Guerra, ilustram o modus operandi destas corporações. O olhar seletivo e conservador desta mídia, concentrada nas mãos de poucas famílias, pode ser observada no tratamento que ela dispensa ao chamado julgamento do mensalão e a invisibilidade de temas quando ela está relacionada a políticos que representam seus interesses: os casos do mensalão do PSDB mineiro, do trensalão paulista e do helicóptero carregado de cocaína, oferecem a injusta medida de como são tratados amigos e inimigos.


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