Refinaria Premium I: respostas ao jornal O Globo



Petrobras sob ataque


Nova matéria do Globo sobre a Petrobras, dessa vez sobre a refinaria Premiun no Maranhão, o enunciado da matéria não deixa dúvidas sobre a intenção de escandalizar. Um bombardeio que soaria estranho, não fosse o período eleitoral e  a procura por munição por parte da oposição conservadora. 

Se em governos anteriores, a estratégia era sucatear empresas para vender a preço de bananas, agora a imprensa colonizada faz pesados ataques na cobertura da mais importante empresa brasileira. A quem interessa o enfraquecimento da Petrobras? No Blog Fatos e Dados, a empresa publica suas respostas ao jornal. Na matéria, foi publicado um resumo no último parágrafo. 


Refinaria Premium I: respostas ao jornal O Globo






Confira as nossas respostas sobre as obras da Refinaria Premium I enviadas ao jornal O Globo:
Pergunta: O trabalho de terraplanagem da Premium I foi concluído? Quando?
Resposta: Os serviços de terraplenagem foram concluídos em dezembro de 2012, com cerca de 80% dos serviços contratados finalizados - os demais serão executados após a otimização do projeto básico. O contrato foi encerrado em abril de 2013 após a conclusão dos serviços de obras especiais (pontes de acesso, entre outros).
Pergunta: Quanto a Petrobras pagou por esse serviço no total?
Resposta: A Petrobras pagou R$ 583 milhões pelos serviços de terraplenagem, drenagem, acessos e obras especiais, efetivamente realizados.
Pergunta: Por que a Petrobras fez 13 aditivos ao contrato de terraplanagem e por que, em oito deles, o resultado foi zero, segundo o TCU?
Resposta: As alterações que motivaram os aditivos de acréscimos e reduções de determinados itens de serviços nas obras de terraplanagem foram consequência do elevado grau de detalhamento adotado pela Petrobras na contratação, com mais de 144 itens na planilha de preços unitários.
Ressaltamos que os ajustes não ocasionaram aumento nos custos da obra. A Petrobras prestou esses esclarecimentos detalhadamente ao TCU e aguarda a manifestação do Tribunal.
Pergunta: O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, durante entrevista à imprensa do Maranhão em março do ano passado, informou que, naquela época, a Petrobras havia investido R$ 1,5 bilhão em Premium I. Esse valor está correto? Quais outras obras tinham sido feitas na refinaria até aquela época para justificar o gasto de R$ 1,5 bilhão?
Resposta: Os custos englobam, além da terraplanagem, a construção de canais perimetrais, canteiros de obras e pontes de acesso, licenças de tecnologia adquiridas para construção das unidades, os projetos básicos, o pré-detalhamento com definição de quantitativos, estudos ambientais, análises do canal do Mearin, monitoramento de ruído, levantamento, captura e reintrodução de fauna, cadastramento florestal, compensação ambiental para o Maranhão, convênio com a Prefeitura de Bacabeira, realização de audiências públicas, treinamentos de mão de obra local, estabelecimentos de escritórios em São Luís, salários de empregados da Petrobras, transporte e hospedagem de equipes, obras da subestação de Energia Elétrica para recebimento de Linha de Transmissão, estudos de projeto para interligação com a rede elétrica.
Pergunta: Por que, segundo o TCU, ainda não há um projeto adequado para a Premium I?
Resposta: A Petrobras discorda da afirmação de que não existe um projeto adequado para a Premium I, e já prestou esses esclarecimentos ao TCU.
O TCU se refere às alterações de projeto da Refinaria que acarretaram em modificações no projeto de terraplenagem. Ocorre que a Petrobras fez alterações no projeto, visando adequar o empreendimento aos melhores padrões internacionais. Essas alterações são benéficas à companhia e necessitam de ajustes em todas as fases de implantação, inclusive execução de terraplenagem.
Pergunta: Por que a refinaria Premium I não está prevista no Plano de Negócios da Petrobras para o quadriênio 2013-2017?
Resposta: A Premium I estava prevista no Plano de Negócios e Gestão 2013-2017, na carteira de novas refinarias em fase de projeto.
Pergunta: Ela voltou a fazer parte do Plano de Negócios?

Resposta: No Plano de Negócios e Gestão 2014-2018, a Premium I consta na carteira de projetos em processo de licitação.

Pergunta: Por que houve tanto atraso na obra?
Resposta: Não houve atraso nos serviços de terraplenagem.
Pergunta: A obra está paralisada?
Pergunta: Quando se dará a concorrência para a construção da refinaria propriamente dita?
Resposta: Os pacotes de contratação da Premium I estão em ajustes finais para serem lançados no mercado, por meio de licitações. Em março já foram emitidos convites para terceirização dos serviços de geração de hidrogênio e de tratamento de água e efluentes. Os projetos passaram por adequações e estão aderentes às métricas internacionais.
Pergunta: Qual a previsão para a conclusão da refinaria?
Resposta: A previsão de entrada em operação da Premium I (trem 1) é 2018.
Pergunta: Quando deve ter início o trabalho?
Resposta: Os próximos passos para a implantação do empreendimento só poderão ser avaliados após a conclusão da etapa de licitação.
Pergunta: Qual a previsão de custo total da refinaria?
Resposta: Somente após a conclusão da etapa de consulta ao mercado será possível mensurar o custo total da refinaria.
Pergunta: A refinaria que será construída terá capacidade para refinar 600 mil barris por dia, como era o plano original?
Resposta: Não houve alteração na capacidade de processamento da Premium I, composta de dois trens de 300 mil barris cada.
Pergunta: A Petrobras conseguiu parceiros para ajudá-la na obra?
Resposta: A Petrobras não irá comentar.

Pauta:

Boa tarde,
Como disse por telefone, estou fazendo uma matéria sobre a Refinaria Premium I, em Bacabeira, no Maranhão. Auditoria conduzida por técnicos do Tribunal de Contas da União (TCU) em abril do ano passado detectou uma série de problemas na execução da terraplanagem do empreendimento. De acordo com o relatório, o contrato para a realização do serviço estava sendo finalizado sem que a obra tivesse sido concluída - os técnicos apontaram que 79% estavam prontos. Além disso, verificaram a realização de treze aditivos e uma transação extrajudicial que redundaram num impacto financeiro líquido de R$ 14,2 milhões no contrato. Sobre esses aditivos, a auditoria demonstrou que em oito casos eles tiveram soma zero -- o que se diminuiu em um, acrescentou-se em outro. O TCU criticou, ainda, o projeto básico elaborado para a refinaria que, segundo aquele órgão de inspeção, não teve um planejamento adequado, ocasionando diversas modificações que impactam na condução da obra e no preço final.
Diante disso, gostaria de saber: (as perguntas esão acima).
A reportagem "TCU vê irregularidades em obra anunciada com pompa em 2010, no Maranhão" (versão online) foi publicada neste domingo pelo veículo.

Fonte: Fatos e Dados.

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