
As cenas de violência no Paraná, onde professores foram barbaramente espancados pela Polícia Militar do governador Beto Richo, foram cuidadosamente enquadradas pelas redes de TV, a fim de não expor mais do que deveriam.
O que aconteceu no protesto dos professores desequilibra os responsáveis pela linha editorial única que move certos setores da mídia O modo desastroso como as forças institucionais paranaenses agiram no episódio evidencia a falta de quadros com bom senso suficiente para evitar a praça de guerra que se tornou o Centro Cívico na capital paranaense.
Para os estrategistas do conservadorismo no país, a conduta da PM causou um estrago considerável, no roteiro de desgaste a qual submetem diariamente a presidenta e o seu partido, não estava prevista um constrangimento como esse. Na antevéspera do Dia do Trabalhador, estas forças exibiram seu arsenal, deixando bem claro a quem elas representam.
Nos próximos dias, estes setores farão o possível para empurrar o massacre de Curitiba para a linha do esquecimento, apostando em novas agendas de escândalo que lhes retire o incômodo dos refletores apontados para as suas inocentes faces.
No dia do trabalhador, a revista Época publica matéria de capa com o MP do Distrito Federal acusando Lula de intermediário em transações duvidosas. A intenção é óbvia, a publicação das Organizações Globo quer afastar a possibilidade de Lula retornar à presidência da República e com isto contrariar seus planos de permanecer como instrumento de alienação e propaganda política do conservadorismo político no país.
Enquanto isso há quem se pergunte o porquê da luta pela democratização da comunicação e pela proibição da propriedade cruzada no país. Perguntem à França, Portugal, Inglaterra, Estados Unidos etc. Lá ninguém deixa que o debate na esfera pública seja hegemonizado pelos interesses dos grupos privados.
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