Lula não teme investigações: rejeita o arbítrio

Nota do Instituto Lula desmente matéria da Folha de São Paulo. Eis a íntegra: 

São Paulo, 28 de fevereiro de 2016

Em relação à reportagem publicada em 29/02/2016 pela Folha de São Paulo ("Procurador diz que acusados da Lava Jato tentam criar 'teoria da conspiração"), é preciso esclarecer que o ex-presidente Lula não é réu em nenhuma ação relativa à chamada "Operação Lava Jato" e, portanto, não é "acusado" de nenhuma conduta ilícita.

Dessa forma, as declarações feitas ao jornal na noite de sábado pelo Procurador da República Deltan Delagnol, ao contrário do que afirmam o título e o texto da reportagem, não podem ter qualquer relação com o ex-presidente Lula. 

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva sempre agiu com estrita observância da lei e não teme qualquer investigação, desde que conduzida por autoridade competente nos termos das regras estabelecidas na Constituição Federal e nas leis do País. 

Este foi o sentido da representação ao CNMP, parcialmente acolhida, para redistribuição de inquérito no âmbito do Ministério Público de São Paulo, e é o objetivo da ação movida no STF para dirimir o conflito de atribuições entre os MPs Federal e de São Paulo. Lula não teme investigações. Rejeita, como todo democrata, o arbítrio.


Comentário

A tentativa de montar um estado de exceção com o aparato jurídico-policial e o  apoio da velha mídia conservadora,  vai ganhando contornos de um filme antigo. Uma série sempre retomada quando uma elite endinheirada se vê ameaçada por avanços de governos populares.  Foi assim em 1954, 64 e reiniciada em 2014 com uma ofensiva que tem no candidato derrotado Aécio Neves, sua mais esdrúxula expressão. 

Não é um fato isolado, acontece com outros governos da América Latina que ousaram promover mudanças econômicas e sociais em  seus países. Depois dos golpes em Honduras e no Paraguai, as forças conservadoras sofisticaram suas armas e usaram de seus representantes nas instituições para derrotar a democracia. 

Enfraquecer e Dilma, Lula e o PT, é a estratégia destes grupos. Não faltam munições para isso, além do aparato incrustado no Estado, já referido. Há o poder da narrativa dos meios de comunicação que impõe a sua versão dos fatos. Foi assim em 54, 64 e agora repetida e ampliada com o controle das concessões eletrônicas de rádio e TV. Para desespero destes setores, no entanto, há uma liderança inconteste de imenso apoio popular e as novas mídias sociais para combater a tentativa de golpes contra a democracia. 

Comentários