Moro e a ideologia conservadora

Quem quiser entender as forças nada ocultas que atuam no sentido de boicotar o Brasil, deve aprender a ler nas entrelinhas ou traduzir o cinismo que corrói nossas elites endinheiradas. A capacidade destes setores em gerar quadros para perpetuar a dominação é inquestionável. Há sempre algum conservador de plantão para legitimar práticas autoritárias e enfraquecer a jovem democracia brasileira.

"As motivações minhas nunca foram partidárias. Eu não tenho ligação nenhuma,zero,zero com partido ou pessoa ligada ao partido. A afirmação foi feita pelo juiz Sérgio Moro, nesta quarta-feira (09), em evento com empresários em Curitiba, no Paraná.

A declaração, no entanto, não coincide com as informações que circulam nas redes sociais, dando conta da relações da família de Moro com o PSDB. Nas redes sociais, circulam informações de que o pai do juiz seria filiado ao PSDB. Segundo o jornal Sul 21,  Sérgio idolatrava o pai, falecido em 2005, um professor muito respeitado, homem conservador, apoiador da ditadura, fundador e militante do PSDB de Maringá, que foi formado majoritariamente por quadros egressos da ARENA. O próprio Moro recentemente prestigiou um evento promovido pelo PSDB em companhia de João Dória. Sua esposa trabalhou como assessora jurídica do gabinete do governador José Richa (PSDB do Paraná).

Contudo, se não é possível provar a  filiação partidária do juíz paranaense, suas preferências ideológicas parecem ser evidentes. Além de não acreditar que a operação Lava Jato contribua para o quadro recessivo, apesar das demissões provocadas, ele mantém relações bem mais próximas com os interesses estrangeiros, do que se poderia imaginar: segundo o jornal americano, Washington Post, Moro rez curso de Líderes em Potencial do Departamento de Estado dos EUA.

Então,  se não há vinculação partidária, podemos perceber suas relações com os movimentos conservadores que visam golpear os governos populares não apenas no Brasil, mas na América Latina. Compreender estes interesses é vital para não ser feito de tolo pela mídia conservadora e seus aliados.

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