Troque a desgraça pela boa notícia

Há algum tempo na Globo News, vi um cientista social burlando a linha editorial da emissora com uma simples pergunta: será que não existe um único aspecto positivo neste governo. Ele estava falando do governo de Chaves na Venezuela, mas também se referia ao Brasil.

Há uma pauta comum na nossa imprensa, o que podemos identificar quando observamos que no Brasil, os meios de comunicação são dominados por meia dúzia de famílias. Esta agenda de consenso destaca o que é ruim e oculta fatos relevantes que poderiam minorar este clima de depressão coletiva que tomou conta de setores da classe média. A crise é global, suas razões estão no neoliberalismo que a oposição daqui tanto defende. Menos Estado, mais mercado. Fundamentos que se flexibilizam quando os bancos tanto lá fora, quanto aqui pedem socorro. Neste caso não falta Proer para ajudar os financistas locais.

Ao optar pelo golpismo com apoio do aparato juridico/midiático, a oposição conservadora dá um tiro no pé. Porque do outro lado estão 40 milhões de brasileiros incluídos socialmente que não querem saber de retrocesso. Uma coisa é certa, ao contrário da doutrina neoliberal defendida pelo PSDB e seus aliados, é o Estado que reúne as condições necessárias para fomentar a economia e promover a melhoria da qualidade de vida da população brasileira e neste contexto, ainda não apareceu melhor alternativa do que o Partido dos Trabalhadores.

Quem se acostumou com a leitura diária dos jornais, agora se preocupa com a predominância de notícias ruins, como se não houvesse ações positivas acontecendo em toda parte, afinal, apesar de todos os problemas as cidades se movimentam, as pessoas trabalham, produzem, governos promovem programas, ações, obras e serviços todos os dias. Então não há motivo para que só as noticias ruins ocupem a totalidade do noticiário, a não ser que o objetivo seja o de nos levar à depressão. Neste caso, há de se perguntar quais são os interesses que estão por trás de uma pauta repleta de tanto pessimismo e desgraça.

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